não existe
acção
que eu possa
fazer
consequência
do propósito
que não tenho
inerte mas pesado
vai o meu corpo
pelo caminho
sem fim
do mar longe
que não vejo
é no teu rosto
perfumado
na tua aura
de bondade
misteriosa
e branca
que respiro
e resisto
ao cansaço
acirrante
do meu corpo
faz sempre
noite
aqui
aonde o sonho
embate
no silêncio
carregado
das nuvens
e o mistério
de ser
é certeza indiferente
e dura
porque além
de nós
não existe nada
que se saiba
nada que o coração
fasto de pulsar
sem onde
possa entender
rosto teu
sorriso teu
pródigo
pudesse eu ver-te
além do pensamento
beijar-te
sem denúncia
amar-te
sem porquê
mas nada
posso fazer
de momento
falha-me a força
esvai-se-me
a vontade
no propósito
inconsequente
de viver
atrás do pano
“Porque esta vida
É um teatro,
Vês?!”
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